Audiência esclarece restauração do Centro Cultural de Itapetininga
sexta-feira, 16 de novembro de 2012A Prefeitura de Itapetininga promoveu uma audiência pública para justificar as ações de restauro que estão sendo executadas no Centro Cultural e Histórico “Basílio Ayres Aguirre”.
As obras de restauração estão sendo feitas por uma empresa de engenharia, além de restauradores do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). A restauração do prédio teve o valor orçado em R$ 309.922,99.
A audiência reuniu moradores, funcionários da prefeitura e do Sebrae, especialistas em reforma e restauração, além de estudantes do curso de edificações do Instituto Federal de São Paulo.
Segundo o secretário de cultura Marcos Terra, as obras têm funcionado como uma “escola viva”.
“As pessoas que estão atuando na obra aprendem a todo momento. Elas estão tendo cursos dentro da obra de, por exemplo, como fazer argamassa corretamente, como aplicá-la na parede, qual madeiramento pode ser colocado, entre outros.”
Durante a reunião, representantes do Sebrae explicaram as diferenças entre uma reforma e uma restauração.
O professor Júlio Bastos, do Sebrae, esclareceu que a obra no Centro Cultural estão sendo executadas corretamente.
“Essa caracterização é chamada de restauro porque foi adotada uma norma técnica. As obras estão dentro do ordenamento jurídico nacional e foram executadas corretamente pela empresa que foi contratada pelo município”, disse ele.
A primeira fase da reforma do Centro Cultural teve início no mês de outubro. As obras devem terminar ainda neste ano de 2012. A segunda fase da restauração, que inclui a fachada do prédio, deve começar no ano que vem.
A obra chegou a gerar polêmica, porque segundo o advogado Gustavo Gurgel as técnicas utilizadas não estariam mantendo as características originais do prédio.
Para o secretário de cultura, o processo é “complicado”. Claro que existem informações que acabam escapando e que a gente acaba não sabendo trabalhar de forma correta, até porque estamos falando de um processo complicado, com poucas pessoas formadas no Brasil que podem dar uma referência real da questão da restauração”, afirmou.
O Centro Cultural e Histórico de Itapetininga foi o primeiro prédio público da cidade. Documentos de 1854 dão conta de sua existência. O local foi destinado inicialmente à cadeia. Atualmente, o local abriga peças raras do ex-presidente Júlio Prestes e serve de espaço para apresentações culturais.
Fonte: G1
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