Oito estudantes do Sesi de Itapetininga devem representar o Brasil em um campeonato mundial de robótica. Os dias e o país que será sede das disputas ainda não foram definidos, mas ocorrerão ainda neste primeiro semestre de 2013.  Os possíveis locais do mundial são Estados Unidos, Alemanha ou Austrália.

Os alunos estão na disputa depois de ficarem em segundo lugar no torneio nacional de robótica realizado em Brasília (SP) nos dias 8, 9 e 10 de março. Eles desenvolveram um protótipo que foi capaz de realizar 16 missões determinadas dentro da padrão exigido na competição como fazer levantamento de peso, derrubar e ultrapassar obstáculos e pegar objetos. O robô teria que passar pelas etapas em dois minutos e meio.

O projeto envolveu estudantes com idades entre 12 e 15 anos. O tema do projeto foi Senior Solutions ou Soluções para a Terceira Idade.  Eles competiram com 57 equipes de escolas do Brasil.

De acordo com o estudante Hugo Kenji, envolvido no projeto finalista, o planejamento foi fundamental para o resultado. “Na montagem do nosso robô sempre houve um planejamento. Então, exigimos que ele fosse métrico, estável, compacto e robusto para ter alta performance na hora de executar as missões”, comenta.

Tudo que a máquina executa foi previamente elaborado no computador. O responsável pela programação foi o também estudante Paulo Tavernaro. O jovem explica que o trabalho fez com que o robô fosse totalmente autônomo. “Assim não houve interferência do acionador durante a execução. Tudo foi planejado antes para saber quais estratégias iríamos utilizar, qual missão faríamos por primeiro, para onde ele iria e como fazer”, explica.

Os alunos foram coordenados pelo analista de suporte em informática Aldo de Lima Ricardo, o técnico da equipe. O professor explica que os treinos eram feitos quase todos os dias. “Os alunos tinham uma convicção de que iriam fazer uma boa competição e que iriam dar o melhor de si. A gente treinava cada etapa. Alguns dias eles treinavam como iriam apresentar a pesquisa. Outro dia, treinavam e marcavam para eles fazerem um treino do robô, como melhorar uma garra, como deixar o robô mais rápido, mais lento. O programador pensava como fazer o protótipo fazer aquele desafio de uma forma mais confiável”, ressalta.

Além da programação e da apresentação do robô, os estudantes ainda demonstraram trabalho em equipe e como desenvolver uma pesquisa. Além do robô, eles elaboraram uma apresentação de como seria um mecanismo para ajudar os idosos durante as compras nos supermercados na cidade de Itapetininga.

O estudante Gabriel da Silva conta que eles desenvolveram um projeto voltado para a saúde. “Nós criamos um InfoNutri. Ele seria um equipamento, um tablet, que é acoplado em um carrinho de supermercado. Como iria funcionar? O idoso chegaria ao supermercado é iria até o tablet onde indicaria a doença  que tem. O equipamento traz os problemas de saúde que mais atingem os idosos como diabete, hipertensão, colesterol, osteoporose e gastrite. Após ele selecionar, iria às compras. Quando decidir colocar o produto no carrinho, ele consulta o produto através do código de barras e o equipamento vai trazer informações dos rótulos, tudo isso transcrito com letras grandes e com uma linguagem bem simples, além de indicar se aquele produto é recomendado ou não, considerando a doença do idoso. No caso de um diabético, por exemplo, o equipamento vai indicar se aquele produto contém muito açúcar”, diz.

Com a expectativa da viagem para o campeonato mundial, a estudante Gabriela Cavalcante afirma que está orgulhosa. “É muito orgulho por nosso grupo conseguir representar o Brasil no mundial. A expectativa é muito grande para quando chegarmos lá”, comenta.

Fonte: G1