Em 10 dias, dois garotos morrem afogados na região de Itapetininga
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012Foi localizado no início da noite desta terça-feira (31), o corpo do adolescente Rafael Mota Ramos, de 15 anos. Ele havia desaparecido no último sábado (28) quando nadava no rio Guareí, em Angatuba. O jovem brincava com quatro amigos quando sumiu nas águas.
Esse é o segundo caso de afogamento com menores na região em 10 dias. No último dia 18, Fábio Fiusa Júnior de 12 anos morreu no rio Tatuí, na cidade Tatuí. Ele brincava com o irmão e mais três amigos na região do Bairro Adelaide. Os amigos perceberam quando o adolescente foi levado pela correnteza. Os bombeiros procuraram pelo corpo durante dois dias, mas sem sucesso.
Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que, a cada mês, 77 pessoas morrem, em média, vítimas de afogamentos no Estado. Apenas sete são internadas mensalmente, indicando alto índice de vítimas fatais nessas ocorrências. O estudo aponta dados até 2010. De acordo com a Secretaria, na região de Sorocaba (que abrange também Itapetininga), foram registrados 86 mortes no ano. Em todo o estado foram 931 óbitos por afogamentos.
Segundo o gerente operacional do Grau (Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências) da Secretaria, Jorge Michel Ribera, os números são expressivos. Para ele, as condições naturais com temperaturas altas, especialmente no verão, a larga disposição de água doce na capital e no interior e a vasta extensão de praias no litoral aumentam potencialmente os riscos de acidentes.
Dicas para evitar afogamentos
– Designe uma pessoa específica para tomar conta de crianças. Essa pessoa deve, por exemplo, reduzir o consumo bebida alcoólica e se concentrar exclusivamente nas crianças;
– Não confie na falsa impressão de segurança que comumente os pais têm com o uso de boias e com a presença de outros banhistas conhecidos em torno da piscina;
– No clube, lembre-se de que o salva-vidas tem um grande universo de pessoas para observar e de que a visão dele pode ser prejudicada pelo ângulo ou pela movimentação das pessoas;
– Em locais de correnteza, jamais desobedeça a sinalização do Corpo de Bombeiros;
– No mar, em rios e outros locais com correnteza, o ideal é que o nível da água não ultrapasse a cintura do banhista para que ele não seja surpreendido por depressões no solo ou ondas e correntes inesperadas;
– Se for para o fundo usando uma boia, jamais a abandone, mesmo que perca o controle da situação;
– Caso se sinta em perigo, evite gritar e não nade contra a correnteza para poupar o fôlego e evitar a fadiga. Sinalize pedido de ajuda com os braços e procure boiar;
– No caso de perder o controle do corpo em rio, nade no mesmo sentido da correnteza e procure avançar lentamente pelas laterais até alcançar as margens;
– Não mergulhe de cabeça em depósitos naturais de água, pois o fundo está em constantes transformações. O choque com o fundo pode causar de desmaios a sérios danos à coluna vertebral, expondo à vítima ao agravante de afogamentos;
– Não entre na água caso esteja alcoolizado. A bebida alcoólica faz com que o banhista perca seu senso crítico relação ao mergulho;
– Procure evitar mergulhos solitários. Sempre tenha uma companhia, que possa ajudá-lo no caso de imprevistos;
– Evite ou redobre a atenção com mergulhos noturnos, há risco de acidentes com redes de pescadores (no caso de mares e rios) e a visibilidade do ambiente fica bastante limitada.
Fonte: G1
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