Construção de cartório abala estrutura de casas em Itapetininga
quarta-feira, 21 de março de 2012Desde outubro de 2011, moradores do Jardim Marabá na cidade Itapetininga, no interior de São Paulo, estão preocupados com uma obra no bairro. Segundo eles, a construção do prédio do novo cartório de registros de imóveis do município está afetando a estrutura de três residências.
Em entrevista à equipe de reportagem da TV Tem, o morador André Boitchenco mostrou a situação na casa dele que fica no terreno ao lado. Por causa das obras, rachaduras se abriram nas paredes do corredor , da sala de ginástica e do quintal. Parte do piso afundou. As vigas que seguram o telhado estão cedendo e uma parede só não desabou porque pedaços de madeira foram colocados para dar suporte.
Andre abriu processo contra a construção e pediu o embargo que foi concedido pela Justiça. Além da embargo, a Justiça determinou ainda a construção de obras acautelatórias, mas isso já aconteceu há um mês e meio e a empresa responsável ainda nem começou as obras.
André conta que quando as obras foram iniciadas, a empresa responsável pela construção abriu valas próximas às paredes das casas. As valas ficaram abertas por mais de dois meses. Com chuvas, houve abalo nas estruturas das casas.
Uma perícia realizada no local concluiu que as rachaduras estão aumentam diariamente. Caso não sejam feitas obras de contenção, existe o risco de desabamento.
A empresa responsável pela obra foi procurada. Por meio de nota à imprensa, o advogado da Empreendimentos Imobiliários Quatros Irmãos de Itapetininga Ltda., informou que desde o início da construção foram observadas todas as regras de vizinhança e as posturas municipais. ‘Tanto que, obtida a autorização pelo Poder Público para a construção no terreno, o projeto da obra, realizado por conceituado profissional da nossa cidade, obedeceu a todas as diretrizes para uma execução segura’, afirma.
Segundo a empresa, apesar dos problemas surgidos nos imóveis vizinhos, os quais poderiam e vinham de fato sendo solucionados amigavelmente, a empresa, hoje, aguarda para adotar as providências que serão repassadas por um perito judicial, já que o Poder Judiciário foi instado a resolver a questão, a fim de dar continuidade na obra sem nenhum transtorno futuro.
Fonte: G1