Curso incentiva desenvolvimento de turismo rural em Itapetininga
quarta-feira, 28 de novembro de 2012O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) concluiu no sábado (24), em Itapetininga (SP), nova edição do programa “Turismo Rural – Agregando Valor à Propriedade”. O curso, que teve participação de 20 alunos, foi encerrado com simulação de como receber turistas e promover as tradições caipiras.
O curso pretende mostrar aos participantes que o turismo está entre as atividades econômicas mais rentáveis dos últimos tempos. Segundo o Senar, o turismo rural, por valorizar o modo simples do viver integrado à natureza, ganha força, “pois proporciona ao visitante a sensação plena de bem-estar”.
Conforme o Senar, para ser um empreendedor no ramo turístico é importante entender os conceitos e tendências do turismo e analisar as potencialidades regionais e locais. O programa oferece ao produtor informações de como transformar a propriedade rural numa fonte alternativa de renda.
Ao todo, são dez módulos explanados em nove meses. Eles tratam, entre outros, de temas como oportunidade de empreendimentos, cultura, gestão, meios de hospedagem, atividades turísticas e resgate gastronômico.
No encerramento do curso, alunos e convidados provaram alimentos que fazem parte da história do tropeirismo na região, como torresmo, mandioca frita, quibebe, couve refogada e feijão tropeiro.
“Nossa região itapetiningana é muito motivada para desenvolver o turismo rural, principalmente quando se fala da estrada das tropas, que integrou de forma social e econômica o estado de São Paulo aos demais estados”, disse Amaury Xavier, presidente do Sindicato Rural de Itapetininga.
A rota dos tropeiros envolve mais de 20 cidades no caminho entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba, cidade onde acontecia uma renomada feira de animais no século passado.
As viagens dos tropeiros foram as responsáveis por boa parte do desenvolvimento do interior do Estado de São Paulo. Marcas dessa tradição são sentidas não só na gastronomia, mas no jeito de falar e de vestir da população interiorana.
Para a instrutora Fanny Kuhnle, é possível desenvolver bons negócios a partir das tradições folclóricas. “No curso, os alunos aprenderam dentro dos módulos a trabalhar com a manipulação de alimentos, hospedagem, governança e ponto de venda, além de aprender a montar embalagens, etiquetas, entre outros detalhes”, disse ela.
Um dos alunos beneficiados com o curso foi Celso Salata. Ele, que é fruticultor, decidiu mudar os rumos do negócio e ganhou novo fôlego depois do curso. “Eu me animei com o curso, quero servir um café da manhã para o turista, além de implantar o ‘colhe e pague’, sistema no qual a pessoa pode escolher a fruta, colher o quanto quiser e pagar na saída”, explicou ele.
Fonte: G1
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