No segundo domingo de maio é comemorado o Dia das Mães, a segunda data mais lucrativa para o comércio, de acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio). Ela é superada apenas pelo Natal.

Com a aproximadação da data, a expectativa é que sejam contratados cerca de 30 mil funcionários temporários em todo Brasil para atender a demanda, como aponta pesquisa feita pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis de Trabalho Temporário (Asserttem). É um aumento de 6,4% em relação à 2011, quando foram contratados 28,2 mil trabalhadores.

Para o estado de São Paulo, são esperadas a contratação de quase 30% do total de temporários, chegando a quase 10 mil pessoas. A pesquisa também aponta que 10% dos contratados acabam sendo efetivados no emprego.

Marcelo Lúcio Meira, presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Itapetininga (SP), informa que não tem um levantamento específico sobre a contratação para esta data na cidade, mas confirma que exista um aumento de contratação. “As lojas acabam contratando 10% de seu efetivo”, explica.

Para conseguir a vaga, Meira conta que o candidato deve, em primeiro lugar, ter dedicação com o emprego. “É fundamental que conheça a empresa, o produto que vai vender. Saber se comunicar também é muito importante. O vendedor tem que oferecer vantagens ao cliente”.

É exatamente o que fez a vendedora Dayane Falchi, 21 anos. Ela diz que conseguiu o atual emprego, em uma loja de roupas e acessórios femininos, após ser contratada como temporária para o natal. Ela foi contratada em outubro de 2011 e deveria deixar a função em janeiro deste ano, fato que não ocorreu. “Eu e mais quatro meninas fomos contratadas para trabalhar no fim de ano. Acho que gostaram do meu trabalho”, brinca.

Há cinco anos na área de vendas, Dayane já decorou os fundamentos de uma boa vendedora. “Tem que estar preparada. Saber o que fala e o que faz para o cliente. Devemos nos esforçar para sempre melhorarmos a empresa”.

E, pelo jeito, Dayane não fica só no discurso. A gerente da loja em que trabalha, Ketylin Santos de Lima, 22 anos, elogia a funcionária. “Ela superou as metas. E não avaliamos só isso. O vendedor também tem que ter bom comportamento”, relata a gerente.

Atualmente, a loja conta com cinco vendedoras, mas Ketylin comenta que já afixou um anúncio para contratar mais uma funcionária. “Estamos com gente a menos na loja e o Dia das Mães preocupa, por isso, estamos com pressa em contratar”. Segundo ela, na semana do Dia das Mães, as vendas aumentam em 30%. “Isso porque muitas pessoas deixam para comprar na última hora. O brasileiro é assim”, e confessa que também faz parte deste grupo e que ainda não comprou o presente da sua mãe.

Em um sábado comum, ela diz que cerca de 60 pessoas passam pela loja, ou para comprar, ou para somente ver os produtos. Mas no Dia das Mães, o público dobra. “Eu acho isso bom. Apesar da correria, quem está fora da loja e vê ela cheia, fica curioso e pensa que algo está acontecendo e chegam para conferir. É mais gente, aumentando a possibilidade de vendas”, fala.

Confirmando as pesquisas, a gerente concorda que o Dia das Mães é a segunda melhor data para o comércio. “Só perde para o Natal. Outras datas boas para os lojistas são o Dia dos Namorados e o Dia dos Pais”.

O presidente do Sindicato, Marcelo Meira, argumenta que o funcionário temporário pode não ser contratado de imediato, mas que a chance dele ser chamado ao decorrer do ano é grande. “O emprego temporário é um bom período para a pessoa conhecer a loja e o dono. Quando precisar, o patrão vai contratar quem ele já conhece. Por isso é importante a dedicação”, afirma.

Meira comenta que muitas lojas já estão procurando a entidade para regulamentar sobre o funcionamento especial para o Dia das Mães. Segundo ele, o comércio vai funcionar até às 22h na quinta e sexta-feira (10 e 11), e no sábado (12) vai até às 18h.

A pesquisa feita pela Asserttem também informa que a remuneração média do temporário ficará em torno de R$ 900, podendo chegar a R$1.600. Os contratados também tem direito ao vale-transporte e vale-refeição.

Fonte: G1