Em um mês, cinco afogamentos na região de Itapetininga
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012Foi encontrado nesta segunda-feira (06), o corpo de Luís Fernando Santos, de 24 anos. Ele estava desaparecido desde a tarde de domingo (05). Segundo a polícia, o rapaz nadava sozinho em um açude no bairro Nordestino em Itapetininga, interior de São Paulo. A vítima morava na capital paulista, mas passava férias em guia de Itapetininga. Ele foi visto nadando sozinho no local. Quando a família percebeu o desaparecimento acionou os bombeiros.
Já em Itapeva, foram outros dois casos de afogamentos foram registrados entre sábado (04) e domingo (05). Um homem de 50 anos nadava em um açude do bairro Faxinal de Cima com amigos quando desapareceu. Os bombeiros fizeram buscas no local e encontraram seu corpo por volta das 19 horas do mesmo dia.
Outro homem, de 28 anos, nadava no rio Taquari, que passa pelo bairro Betânia, quando desapareceu, também na tarde de domingo. Segundo testemunhas, ele estava alcoolizado e na companhia de amigos.
Além desses casos registrados no primeiro fim de semana de fevereiro de 2012, ocorreram mortes também em janeiro na região. As vítimas do mês passado foram menores.
Em 28 de janeiro, o adolescente Rafael Mota Ramos, de 15 anos, morreu afogado no rio Guareí, em Angatuba. Foram dois dias de buscas.
Já em 18 de janeiro, Fábio Fiusa Júnior, de 12 anos, morreu no rio Tatuí, na região do Bairro Adelaide, em Tatuí. A família esperou três dias até que o corpo fosse localizado.
Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que, a cada mês, 77 pessoas morrem, em média, vítimas de afogamentos no estado. Apenas sete são internadas mensalmente, indicando alto índice de vítimas fatais nessas ocorrências. O estudo aponta dados até 2010. De acordo com a Secretaria, na região de Sorocaba (que abrange também Itapetininga), foram registrados 86 mortes no ano. Em todo o estado foram 931 óbitos por afogamentos.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as ocorrências de afogamentos aumentam muito no verão por causa do calor e do abuso de álcool antes de entrar na água. O sargente Alencar Raimundo, do Corpo de Bombeiros de Itapetininga, alerta que nadar em rios, lagos e açudes pode ser fatal. “No fundo desses lugares podem haver armadilhas como galhos e pedras. As pessoas sem conhecer o lugar, a profundidade, e o que tem lá, se jogam de cabeça, o que é um erro. Não se deve procurar esses locais para nadar”, afirma.
Dicas para evitar afogamentos
– Designe uma pessoa específica para tomar conta de crianças. Essa pessoa deve, por exemplo, reduzir o consumo bebida alcoólica e se concentrar exclusivamente nas crianças;
– Não confie na falsa impressão de segurança que comumente os pais têm com o uso de boias e com a presença de outros banhistas conhecidos em torno da piscina;
– No clube, lembre-se de que o salva-vidas tem um grande universo de pessoas para observar e de que a visão dele pode ser prejudicada pelo ângulo ou pela movimentação das pessoas;
– Em locais de correnteza, jamais desobedeça a sinalização do Corpo de Bombeiros;
– No mar, em rios e outros locais com correnteza, o ideal é que o nível da água não ultrapasse a cintura do banhista para que ele não seja surpreendido por depressões no solo ou ondas e correntes inesperadas;
– Se for para o fundo usando uma boia, jamais a abandone, mesmo que perca o controle da situação;
– Caso se sinta em perigo, evite gritar e não nade contra a correnteza para poupar o fôlego e evitar a fadiga. Sinalize pedido de ajuda com os braços e procure boiar;
– No caso de perder o controle do corpo em rio, nade no mesmo sentido da correnteza e procure avançar lentamente pelas laterais até alcançar as margens;
– Não mergulhe de cabeça em depósitos naturais de água, pois o fundo está em constantes transformações. O choque com o fundo pode causar de desmaios a sérios danos à coluna vertebral, expondo à vítima ao agravante de afogamentos;
– Não entre na água caso esteja alcoolizado. A bebida alcoólica faz com que o banhista perca seu senso crítico relação ao mergulho;
– Procure evitar mergulhos solitários. Sempre tenha uma companhia, que possa ajudá-lo no caso de imprevistos;
– Evite ou redobre a atenção com mergulhos noturnos, há risco de acidentes com redes de pescadores (no caso de mares e rios) e a visibilidade do ambiente fica bastante limitada.
Fonte: G1
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