Mau cheiro incomoda moradores do Distrito do Rechã, em Itapetininga
segunda-feira, 17 de junho de 2013Moradores do Distrito do Rechã, na cidade Itapetininga , afirmam que não suportam mais o mau cheiro gerado pela compostagem feita por uma granja localizada a menos de 500 metros das casas. Eles já fizeram denúncia à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). A empresa foi multada, mas o problema continua.
O morador Manuel Ventura de Lima conta que mora no bairro há 29 anos. A casa dele fica a 200 metros da empresa na cidade de Itapetininga. Ele afirma que o problema de mau cheiro começou em novembro de 2012. O morador ressalta que o cheiro do resíduo é insuportável. “Depois das 18h você não consegue jantar devido ao mau cheiro. Mesmo quando a gente está dormindo, a gente acorda com esse cheiro de podre dentro de casa”, diz.
Outra moradora que também se sente incomodada é Luiza Gonzaga de Oliveira Souza que tem 80 anos. “Eu sofro de bronquite asmática há mais de 40 anos. Então eu fico fechada dentro de casa porque quando saio, recebo o cheiro e fico pior. Mesmo dentro de casa, eu tenho que colocar um pano no nariz e boca para não sentir o cheiro”, comenta.
Quem tem criança em casa também sofre. A dona de casa Maria Antônia de Oliveira afirma que o convívio com o mau cheiro traz incômodos respiratórios. “As crianças sentem falta de ar. Passam mal”, afirma.
De acordo com o gerente da empresa, Wagner Menin, o material de compostagem é usado como adubo pela própria empresa que vende ovos e frangos. Ele explica que para acelerar o processo da compostagem são utilizadas bactérias e são elas que têm causam o odor. “Estamos nos deparando com um problema sério que é a inversão térmica, o que acontece nos fins de tarde e nas madrugadas. Esse processo de inversão térmica faz com que a bactéria pare de agir gerando esse odor. De certa forma a empresa está preocupada com isso também e estamos com outras empresas tentando achar uma solução”, diz.
Após a denúncia, a Cetesb, órgão ligado à Secretaria de Meio Ambiente, fez vistoria no local. Segundo o gerente da instituição, Dirceu Micheli, a empresa já foi advertida e uma multa aplicada. “A empresa entrou com recurso, e esse recurso está em fase final de análise, no entanto, a Cetesb constatou que problema persiste e nova penalidade deve ser aplicada. Se mesmo assim persistir o problema, a Cestesb vai propor a interdição da unidade que está gerando esse odor, esse inconveniente para a população”, afirma Micheli.
Fonte: G1
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