Preocupação com a gripe A muda a rotina de moradores em Itapetininga
segunda-feira, 27 de maio de 2013A preocupação com a contaminação pelo vírus H1N1, causador da gripe A, voltou a mudar o comportamento dos moradores em Itapetininga (SP). O uso de álcool em gel nas mãos, uma das recomendações de higienização para prevenir a doença, voltou a crescer neste período de frio, quando ocorre a maior incidência da doença.
Em uma farmácia da cidade, as vendas dos frascos do produto dispararam. De acordo com a farmacêutica e proprietária do comércio, Renata Larozza, o reforço no estoque tem que ser diário, mesmo assim, seja a falta. Ela garante que as vendas aumentaram 100%. “A reposição do estoque está sendo diária porque o que chega já sai, já é vendido. Os pedidos também são constantes, praticamente todos os dias a gente faz pedido para reposição”, comenta.
Em locais com circulação de pessoas os responsáveis pelos espaços também têm incentivado a higienização das mãos com álcool em gel. Um exemplo encontrado em Itapetininga é o de uma academia que instalou dispositivos com o produto em todas as áreas. As embalagens estão nas salas de aula e no espaço para musculação. Os responsáveis afirmam que são locais estratégicos para facilitar a utilização. “São específicos para que o aluno veja que nós temos esse cuidado com ele. Aqui passam muitas pessoas diariamente, então, orientamos que se o aluno vai pegar uma manilha ou em qualquer outro aparelho, que tenha o cuidado de manter as mãos limpas e higienizadas. Isso tanto durante as aulas, como na hora de ir embora”, afirma a professora Talita Cristina Damião.
A dona de casa Eliana Cristina Rolim é aluna na academia. Ela garante que a cada troca de aparelho faz questão de higienizar as mãos com o álcool. “É mesmo para evitar contato com possível vírus que tenha sido deixado. É para evitar pegar a gripe e infecções. Na academia muita gente bota a mão nos aparelhos e a gente pega também, então eu procuro sempre higienizar as mãos”, afirma.
Gripe A em SP
O estado de São Paulo concentra o maior número de mortes causadas pela doença. No último levantamento feito pelo Ministério da Saúde na cidade Itapetininga, do início de 2013 até 12 de maio, dos 61 casos de óbitos registrados em todo o país, 55pessoas ocorreram nas cidades paulistas.
De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Itapetiniga, Águida Marcondes, no município dois casos da doença foram confirmados este ano, mas nenhuma morte registrada até agora.
Ela reforça a importância dos cuidados que as pessoas devem tomar para evitar a contaminação do vírus. “A população deve manter a higienização, principalmente da mão, além de manter os ambientes arejados. Também é importante reforçar a alimentação e a ingestão de líquido. Já que apresentar algum sintoma de gripe, além de procurar um médico, deve ter cuidado para não contaminar os ambientes. Ao tossir ou espirar, proteja o nariz e a boca com a mão ou um lenço e faça a higienização imediatamente. Se a pessoa não tiver esse cuidado, pode disseminar o vírus da gripe, não só o H1N1, no meio ambiente e contaminar outras pessoas”, alerta.
Região
Até este sábado (25), a região de Itapetininga (SP) tem sete casos confirmados da gripe A, também chamada de H1N1: quatro na cidade Tatuí (SP), dois em Itapetininga e um em Pilar do Sul (SP).
Entre os casos, duas pessoas morreram, sendo uma mulher de 43 anos em Tatuí (SP) e um presidiário da cadeia de Pilar do Sul.
Em Itapetininga, além dos confirmados, uma morte suspeita ainda aguarda resultado de verificação da gripe A.
Fonte: G1
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